Fotos: AGN/JETV

A população de Quedas do Iguaçu foi acordada na última terça-feira (6), com o barulho de três helicópteros e mais de 300 policiais, das Policias Civil, Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), onde foi cumprido mandados de busca e apreensão na “Operação Alcatraz”, contra organização criminosa com atuação em Quedas do Iguaçu e Francisco Beltrão.

O secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, esteve à frente numa das ações de confronto direto, onde resultou na morte de um dos indivíduos que era alvo da operação, morador do bairro Vila Dias.  Jair Moreira da Silva (33), (popular Mudo), reagiu a prisão e acabou sendo morto no confronto com os policiais.

“Temos que parabenizar nossas forças policiais que atuaram numa ação conjunta no combate à criminalidade na região, com altos índices de ocorrências e homicídios. Com isso demos uma resposta efetiva para a população local. Acredito que teremos uma redução significativa no número de homicídios e outros delitos. As investigações vão continuar e com o farto material apreendido acredito que vamos chegar a mais criminosos que estiveram envolvidos com esta organização”, enfatizou Coronel Hudson.

AÇÃO INTEGRADA COM OUTROS ESTADOS

Além de Quedas do Iguaçu, operações de buscas, apreensões e prisões ocorreram São João, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Lindoeste, Três Barras do Paraná, Cascavel, Espigão Alto do Iguaçu e Palmas, no Paraná, além de Campinas, em São Paulo; Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul; Sapezal, no Mato Grosso, e Indaial, em Santa Catarina.

Na operação foram presos 36 integrantes de uma organização criminosa, com o cumprimento de 53 mandados de busca e apreendidas drogas, seis armas de fogo e 32 celulares.

De acordo com o Delegado de Polícia, Emanuel de Almeida a operação aconteceu depois de meses de investigações que buscava apurar crimes de homicídios consumado e tentado, tráfico de drogas, associação para o tráfico, roubo agravado, furto qualificado e feminicídio. Durante investigações, a PCPR identificou que os crimes estão ligados a disputas pelo monopólio do tráfico de drogas.

Já o Delegado Laércio Rodrigues, que estava a frente nas investigações comentou em entrevista à imprensa, que 2023 foram 21 homicídios e 11 tentativas de mortes em Quedas do Iguaçu.

AÇÃO DEVERÁ AJUDAR O GAECO NA ILUCIDAÇÃO DE OUTROS CRIMES

O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Francisco Beltrão (Sudoeste do estado) do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu na mesma operação policial, seis mandados de busca e apreensão e quatro mandados de busca pessoal no âmbito da Operação Alcatraz, que apura atuação de organização criminosa nas cidades de Quedas do Iguaçu e Francisco Beltrão. A investigação teve início em 2022 e identificou a prática dos crimes de associação para o tráfico, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa cometidos por detentos da Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão. De acordo com o apurado, o líder de uma organização criminosa de Quedas do Iguaçu, mesmo recluso na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, comandava o tráfico de drogas na região de Quedas do Iguaçu e levou familiares e membros da organização para Francisco Beltrão, onde abriu algumas empresas (revenda de veículos e conveniência de bebidas) com o objetivo de lavar o dinheiro oriundo dos crimes.

As ordens judiciais, deferidas pelo Juízo Criminal de Francisco Beltrão, foram cumpridas em Francisco Beltrão. Os equipamentos eletrônicos e documentos apreendidos serão periciados e analisados pela equipe do Gaeco no curso das investigações relacionadas aos diversos crimes praticados.

Estiveram presentes na coletiva à imprensa, o secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, comandante do 6° Batalhão de Polícia Militar de Cascavel, Tenente-Coronel Cícero Tenório e o comandante da 2ª Cia do 6º Batalhão, Kaique Rocha e demais autoridades.